Chegou o dia da Super Quarta. Hoje, os bancos centrais do Brasil e Estados Unidos, além da China e Japão, anunciam suas decisões de política monetária.
Por aqui, a expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, levando-a ao patamar de 14,25% ao ano. Se confirmado, essa será a maior taxa Selic desde outubro de 2016, pouco tempo depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
A alta robusta na Selic já é precificada pelo mercado, devido à aceleração da inflação e deterioração do cenário fiscal brasileiro. Com isso, os investidores aguardam o comunicado do Banco Central, que deve indicar os próximos passos da autoridade monetária.
Deixando os juros um pouco de lado, o BC realiza leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) hoje e amanhã. Ao todo, serão ofertados US$ 4 bilhões, para rolagem de vencimentos programados para 2 de abril.
Já do lado corporativo, serão divulgados os resultados do quarto trimestre de 2024 da Mater Dei (MATD3), Randoncorp (RAPT4), Minerva (BEEF3), Lavvi (LAVV3), Moura Dubeux (MDNE3), PetroReconcavo (RECV3), Enjoei (ENJU3), Guararapes (GUAR3) e Positivo (POSI3).
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) destoou do tom negativo de Nova York e seguiu estendendo as altas. O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,49%, aos 131.474,73 pontos, o maior nível em cinco meses.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6721, com queda de 0,25% — no menor patamar desde 24 de outubro do ano passado.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, caiu 0,23% no after-market de ontem, cotado a US$ 26,51.
Lá fora, as atenções estão voltadas para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). As apostas são de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros no atual patamar entre 4,25% e 4,50%.
Com isso, o mercado acompanha a coletiva de Jerome Powell. O presidente do Federal Reserve deve dar mais pistas de qual será o futuro de juros nos EUA, quem vem sendo pressionado pelas medidas protecionistas de Donald Trump.
Além dos EUA, outros países também estão em definição de política monetária. Na madrugada desta quarta-feira, o Banco Central do Japão (BOJ) manteve os juros em 0,50%, reforçando a mensagem de que poderá voltar a subir a taxa nas próximas reuniões, caso a economia esteja dentro das projeções dos bancos.
À noite, será a vez do Banco Popular da China (PBoC) definir os juros das taxas primárias de empréstimo (LPR) de 1 e 5 anos.
As bolsas asiáticas fecharam cada uma para um lado. O mercado europeu também opera misto, enquanto os futuros de Wall Street sobem.
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas