O foco deste artigo é o passo seguinte ao feedback, quando se define, em conjunto, as ações a serem tomadas para que o desempenho alcance um novo patamar.
Assim, parte-se da avaliação, onde identifica-se as competências existentes e as necessárias, definindo-se ações de desenvolvimento para algumas dessas competências.
Às vezes, o plano de desenvolvimento contempla apenas as competências que apresentam oportunidades de desenvolvimento, o que não é necessariamente o único caminho, pois, as competências que já estão desenvolvidas podem ser preponderantes ao desempenho e, assim, merecerem ainda mais investimento.
Quem é responsável pela elaboração do plano?
Talvez um dos maiores erros que se comete está em atribuir a responsabilidade da elaboração do plano de desenvolvimento à área de Pessoas (ou Gente e Gestão, Desenvolvimento, etc).
A responsabilidade por elaborar um consistente Plano de Desenvolvimento para todos os colaboradores é do gestor da área, em conjunto com quem irá realizá-lo, ou seja, o colaborador.
E, então, vêm as perguntas: Por que tantos gestores endereçam o Plano para a área de pessoas? E ainda, por que tantos planos de desenvolvimento não funcionam?
A resposta é simples: porque temos muita dificuldade em desenvolver pessoas.
Sabemos como identificar as falhas, mas daí para transformá-las há um grande caminho.
Abaixo algumas direções que precisam ser tomadas para elaborar o tal plano:
No meu ponto de vista, o ideal é utilizarmos tanto o aprendizado experimental e social, como o formal, garantindo o desenvolvimento do colaborador em 100%.
O perigo é achar que depois de um treinamento a mudança acontece como num passe de mágica
Treinamentos, programas de desenvolvimento, palestras, são muito importantes para o desenvolvimento, mas isolados das outras formas de aprendizagem perdem sua eficácia.
Ou seja, treinamentos, programas de desenvolvimento, palestras, atuam em um nível cognitivo, informacional. Cabe à possibilidade de “colocar a mão na massa”, além de interagir com outras pessoas, o complemento que torna o aprendizado algo de aplicação prática sustentável no decorrer dos anos.
Assim, quando você for fazer seu Plano de Desenvolvimento, o conhecido PDI ou for elaborar junto com seu colaborador o PDI dele, use a regra 70, 20, 10.
E, a partir dessa regra, algumas sugestões de desenvolvimento podem ser dadas:
Mas ainda tem um aspecto fundamental!!!
A quem cabe o acompanhamento de cada ação de desenvolvimento e a aplicação desse aprendizado no ensino de outros?
Mais uma vez, é o gestor o grande responsável por acompanhar cada passo do aprendizado, observando as possíveis e necessárias mudanças, conversando com o colaborador, dando feedback sobre seu crescimento e, ainda, possibilitando que tudo que aprendeu seja ensinado a outros, em breves apresentações, ou no ensino direto.
Por que?
Porque nada melhor que ensinar para aprender.
Teste isso: ensine o que sabe e veja como vai aprender ainda mais!!!
Lembrando, para finalizar essa reflexão, que estamos em uma era em que precisamos aprender 24 horas por dia.
Assim, quando definimos um tema para aprender, podemos encontrar professores por toda parte. Depende apenas da nossa abertura.