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Comércio puxa crédito em novembro e inadimplência tem menor nível histórico

Estoque de operações de crédito subiu 1,5% no mês passado, impulsionado pelas concessões dos bancos públicos

O crescimento do crédito registrou aceleração em novembro por causa da intensificação das atividades comerciais de final de ano, segundo avaliação do Banco Central. Para o BC, as taxas de juro mantiveram a tendência de elevação no mês passado, mas de forma moderada, enquanto a inadimplência atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2011.

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,5% em novembro ante outubro e chegou a R$ 2,646 trilhões. A alta foi puxada pelos bancos públicos, que aumentaram em 1,9% o saldo ante o mês anterior. Nos privados nacionais, o avanço foi de 1,0% e nos estrangeiros de 1,3%. Em 12 meses, as altas são de 23,4% nos públicos, 6,1% nacionais privados e 7,8% estrangeiros.

No acumulado do ano, o estoque de crédito total teve alta de 11,8%. Em 12 meses, a elevação foi de 14,5%. O total de operações em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 55,1% em outubro para 55,6% no mês passado.

Inadimplência. As operações com atrasos superiores a noventa dias atingiram o menor patamar da série, ao situar-se em 3,1%, após reduções de 0,1 ponto porcentual nos segmentos de pessoas jurídicas e físicas, que alcançaram 1,9% e 4,5%, respectivamente.

Nas operações com recursos livres e com direcionados, a taxa situou-se em 4,8% e 1%, na ordem.

A inadimplência ficou estável nos públicos em relação a outubro, em 1,9%. Nos privados nacionais, caiu de 4,5% para 4,4%. Nos estrangeiros, se manteve em 4,3% em novembro. As provisões ficaram estáveis nos públicos e nacionais privados, em 3,7% e 6,7%, respectivamente. Já nos estrangeiros, caíram de 6,1% para 6,0%.

Juros. A taxa média de juros, computadas as operações com recursos livres e direcionados, situou-se em 20% ao ano em novembro, após avanços de 0,2 ponto porcentual no mês e 1,1 ponto em relação a novembro de 2012.

O ritmo de alta, de acordo com o BC, é compatível com o ciclo de política monetária. Na última reunião do Copom, o colegiado decidiu pela elevação da Selic,de 9,5% para 10% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 144,5% ao ano em outubro, para 146,4% no mês passado. Desde de junho de 2012 (156,7%), que os juros dessa modalidade não ficavam tão elevado.

Para o crédito pessoal, no entanto, a taxa total caiu de 42,2% para 41,7% de um mês para outro. O consignado passando de 24,6% para 24,5% e as demais linhas, de 88% para 86,4%.

 

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