Agência Estado
A inflação do varejo sentida pelas famílias de baixa renda voltou a acelerar em julho. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) avançou 0,24% no mês passado, ante um aumento de 0,14% em junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre as famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.
Com esse resultado de julho, o IPC-C1 acumula alta de 3,24% no ano e de 3,97% nos 12 meses encerrados em julho. O desempenho de julho do indicador também ficou abaixo do apurado pelo Índice de Preços ao Consumidor do Brasil (IPC-BR), que mensura o impacto da inflação entre famílias mais abastadas, que ganham entre 1 e 33 salários mínimos. O IPC-BR subiu 0,34% no mesmo mês, embora acumule altas de 3,01% no ano e de 4,67% nos 12 meses encerrados em julho.
Em julho, as maiores contribuições para o avanço do IPC-C1 foram originadas por acelerações de preços, fim de deflação e quedas mais fracas em quatro das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. É o caso de Habitação (de -0,02% para 0,77%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,54% para -0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,08% para 0,23%) e Transportes (de -0,03% para 0,02%). As outras classes de despesa apresentaram desaceleração de preços de junho para julho. É o caso de Alimentação (de 0,31% para 0,02%), Vestuário (de 0,42% para 0,04%) e Despesas Diversas (de 0,24% para 0,20%).