Karin Sato
Nota técnica publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concluiu que a inovação tecnológica gera postos de trabalho mais bem remunerados e estáveis.
A cada dois anos, cerca de um terço das empresas industriais brasileiras promove a inovação tecnológica de produtos ou processos.
De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), as empresas industriais que inovam e diferenciam produtos pagam 80,5% a mais para seus trabalhadores do que a média dos trabalhadores empregados na indústria.
Além disso, os empregos gerados nas organizações inovadoras exigem 20,9% a mais de escolaridade do trabalhador. A permanência média do trabalhador nestas empresas é 30,4% maior do que a média.
Outra evidência é que, entre 2005 e 2008, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) apoiou 1.132 empresas e, por certo, não coincidentemente, os salários pagos nessas companhias são 2,6 vezes maiores do que a média salarial das empresas industriais e 2,3 vezes maiores do que a média de salário no setor de serviços.
Política de apoio à P&D nas empresas
O Ipea conclui que houve avanços significativos na política brasileira de inovação tecnológica nas empresas a partir de 2003, com o aumento especialmente relevante dos recursos destinados ao sistema de C&T e à Inovação e com a efetivação dos novos instrumentos legais, particularmente a Lei da Inovação e a Lei do Bem.
O número de empresas apoiadas cresceu significativamente e foi possível fazer, em três ou quatro anos, muito mais do que foi feito nos dez anos anteriores a 2005, quando os novos instrumentos legais passaram a ser efetivos. No entanto, ainda é preciso fazer muito mais, afirma a entidade.