Luana Cristina de Lima Magalhães
Ter um dinheiro a mais no final do ano ou no início é o sonho dos profissionais. Mas, para a maioria, isso já é bastante comum com a chamada PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Entretanto, será que essa medida motiva os funcionários da empresa?
Na opinião do consultor do Idort- SP, Laércio Garrido, um funcionário se motiva, principalmente, se ele percebe o impacto do seu desempenho na empresa. "Uma Participação nos Lucros e Resultados ideal seria aquela que as suas metas fiquem próximas do funcionário. Assim, cada departamento da empresa teria a sua meta. Dessa forma, com uma meta mensurável de acordo com cada setor da companhia o funcionário luta para alcançar o resultado".
Garrido lembra que o dinheiro conseguido por meio da PLR também é um fator de motivação profissional, mas é temporário. "Uns 15 dias depois que o funcionário recebe, ele já estará se programando para o próximo".
Motivação
Para o especialista em gestão estratégica de pessoas e diretor-geral da Laerte Cordeiro Consultores em Recursos Humanos, Laerte Leite Cordeiro, a participação nos lucros enseja maior satisfação das necessidades materiais das pessoas e é sempre indutora de motivação para atuação profissional.
"Mesmo um percentual baixo pode ser motivador para os profissionais que trabalham na empresa. O que não pode é dar uma participação nos lucros que disfarce um nível salarial incompatível com o mercado. Não adianta pagar salários baixos e dar uma participação nos lucros", destaca Cordeiro.
Tanto para Cordeiro quanto para Garrido, quando a empresa aplica de forma adequada a PLR, os profissionais têm uma maior motivação para o trabalho, a moral do grupo fica maior, eles "vestem a camisa" da empresa e há um aumento de produtividade.