Roberta de Matos Vilas Boas
O fim da alíquota reduzida de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os carros, no próximo dia 30 de junho, fará com que muitos consumidores antecipem a compra para o mês de junho, a exemplo do que ocorreu em março, quando se acreditava que o benefício não seria estendido.
Porém, se o fim da medida beneficiará as vendas no sexto mês do ano, em julho deverá ocorrer o oposto, e a comercialização de carros deverá apresentar forte queda.
"Temos nossas preocupações referentes a isso (fim do IPI reduzido). E temos que esperar para ver qual vai ser a contundência desse fato a partir de julho e as suas consequências para o nosso mercado e para a produção destinada a esse mercado", disse o presidente da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, na última quinta-feira (04), ao apresentar os dados de vendas de maio.
Sem prorrogação
Segundo a Agência Brasil, Schneider também afirmou que, dessa vez, não há negociação com o governo para que o benefício seja prorrogado novamente. Além da Anfavea, montadoras já expressaram que o fim do IPI reduzido significará uma queda nas vendas. Para a GM do Brasil, a melhor maneira de impedir isso, seria o aumento progressivo da alíquota, até que volte aos patamares normais.
Vendas em maio
De acordo com a Anfavea, as vendas de veículos apresentaram um crescimento de 5,4% em maio, na comparação com abril, e de 2,1% em relação ao quinto mês do ano passado. No acumulado do ano, houve uma pequena queda de 0,1%.