O mercado financeiro reduziu pela quarta semana consecutiva a expectativa de inflação deste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A nova estimativa passou de 4,42 % para 4,32%. O mercado também passou a trabalhar com a perspectiva de crescimento zero para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. No documento anterior, a estimativa era de expansão de apenas 0,01% neste ano. Em 2010, no entanto, o PIB deve avançar 3,50%, estimativa esse sem mudança há quatro semanas seguidas.
Os números do mercado financeiro fazem parte da pesquisa semanal realizada pelo Banco Central e que é publicada pelo boletim Focus todas as segundas-feiras. Para a balança comercial em 2009, o mercado aguarda saldo positivo de US$ 14 bilhões, acima dos US$ 13,02 bilhões previstos antes. Na conta corrente, a expectativa é de déficit de US$ 23,60 bilhões em lugar de resultado negativo de US$ 24,7 bilhões.
Em investimento estrangeiro direto, os analistas mantiveram o prognóstico de entrada de US$ 22 bilhões neste calendário. A produção industrial deve cair 2,74%, recuo mais expressivo do que aquele previsto antes, de 2%.
O mercado financeiro projeta taxa Selic a 9,25% ao ano no fim deste calendário. A previsão coincide com aquela apresentada no Boletim Focus anterior. No término de 2010, contudo, os analistas consultados pelo Banco Central (BC) preveem que o custo do dinheiro se encontre em 9,50% em vez de 9,75%. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no próximo mês, a expectativa é que a taxa Selic seja reduzida para 10,25% dos atuais 11,25% anuais.
Para a taxa de câmbio, a expectativa é de dólar a R$ 2,30 no fechamento deste exercício, inalterado, e a R$ 2,29 no encerramento de 2010, ligeiramente abaixo dos R$ 2,30 estimados antes. Em março, o dólar deve encerrar a R$ 2,30 e não a R$ 2,32 como o esperado anteriormente.