A partir de 15 de abril, os clientes de planos de saúde individuais poderão trocar de operadora sem ter que cumprir novamente o tempo de carência. É a chamada portabilidade. O JT pesquisou em sete operadoras os preços dos planos mais simples e encontrou diferenças de quase 125% para a faixa de idade de 0 a 18 anos e para aqueles com mais de 59 anos. Os preços dependem de fatores como tamanho da rede conveniada e qualidade dos hospitais, que devem ser observados antes da mudança.
"Não dá para dizer se o mais mais barato é melhor. Depende da necessidade e de quanto se pode pagar", afirma a advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Juliana Ferreira.
Um dos fatores, a rede de atendimento, costuma ter unidades próprias e conveniadas. Fernando Azua, diretor operacional da Greenline - que tem quatro hospitais próprios -, afirma operar com baixo custo por usar bastante as unidades próprias. “A maioria das internações é feita na nossa rede. Administrando em casa, fica mais em conta”, diz. Seus planos têm foco nas classes C e D.
Já a superintendente comercial da Unimed Paulistana, Ivone Mendonça, afirma que o preço pago aos médicos por consulta encarece os planos. Na rede, diz ela, pode chegar a R$ 47, enquanto há convênios que pagam R$ 17. “O médico bem remunerado não precisa fazer número”, afirma. O foco da cooperativa, são as classe A e B.
"Um plano com o hospital Albert Einstein não vai custar R$ 50 por mês", diz o corretor José Antônio Martins. Ele lembra que clientes de planos que se concentram em rede própria podem ficar reféns da agenda das clínicas. "Há os mais caros, que reembolsam a consulta em qualquer médico".
Outro aspecto, diz a técnica do Procon, Renata Molina, é o atendimento fora da capital. "Um plano que atenda apenas na Grande São Paulo pode ser ruim para quem viaja". No site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é possível ver a qualificação das operadoras: www.ans.gov.br.