Karin Sato
Ao analisar o balanço do terceiro trimestre de 2008 do setor de vendas diretas, verifica-se que o citado mercado está se recuperando.
De acordo com a ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), houve um crescimento real de 12,5% no volume de negócios do setor no terceiro trimestre de 2008. Trata-se da elevação mais relevante do ano.
Faturamento
O setor registrou um faturamento bruto de R$ 4,9 bilhões, ou 19,6% maior do que o movimentado no período do ano anterior. Já nos nove primeiros meses, o ano acumula um crescimento nominal de 13,9%, com um giro de R$ 13 bilhões.
Segundo o presidente da ABEVD, Lírio Cipriani, o setor deve não sentir os efeitos da crise global no curto e no médio prazo.
"Todos estamos cautelosos nesse momento, mas, ao contrário de outros setores da economia, as vendas diretas ainda não apresentam sinais de impacto diante da crise financeira mundial, talvez pelo fato de não operarmos com base no crédito", analisa.
Produtividade
Quanto à produtividade média dos revendedores em atividade, que hoje já somam 1,9 milhão de pessoas, o terceiro trimestre do ano registrou ganho de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Movimentando uma média de R$ 840 ao mês, os revendedores obtiveram, no terceiro trimestre deste ano, uma produtividade tão expressiva quanto no último trimestre de 2007, quando, alavancadas pelo Natal, as vendas renderam uma média de R$ 858.