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Dólar fecha a R$ 2,53, maior cotação desde 2005

O preço da moeda americana subiu pelo sexto dia, e fechou a R$ 2,536 ontem, o que representa uma forte alta de 2,46% sobre o dia anterior. Trata-se da maior cotação desde 29 de abril de 2005. O Brasil já gastou US$ 6,7 bilhões das reservas internacionais em leilões no mercado à vista de câmbio, para conter a alta do dólar desde a acentuação da crise financeira. O número foi divulgado ontem pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e refere-se às intervenções realizadas até o fim de novembro. Apesar das vendas diretas de dólares, as reservas continuam altas, em torno de US$ 206 bilhões, por conta de "aplicações que o BC fez", como o swap cambial reverso, antes da crise, que engordaram as reservas em US$ 23 bilhões. Meirelles citou a atuação do BC no combate aos efeitos da crise, como os US$ 11,7 bilhões usados para o financiamento às exportações. Esse grupo inclui US$ 6,4 bilhões em leilões com obrigação de recompra, US$ 1,5 bilhão em empréstimo de dólares com garantias em global bonds e outros empréstimos de US$ 3,8 bilhões. Além disso, as vendas brutas de swap cambial totalizaram US$ 31,1 bilhões. Meirelles destacou a importância de o país ter disponível o colchão de depósitos compulsórios, cuja redução chegou a R$ 94 bilhões. Otimista, Meirelles valorizou o crescimento das concessões de crédito no início de novembro. – O Brasil não é imune à crise, porque faz parte do globo, mas está mais preparado – disse Meirelles. – No passado, os Estados Unidos pegavam uma gripe, e, nós, uma pneumonia. Agora são eles que têm uma gripe fortíssima, e nós não.