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Empresas devem responder à crise com soluções tecnológicas

Sistemas de informática mais modernos e processos eficientes podem ser uma arma estratégica para as seguradoras atravessarem a crise financeira atual e a retração econômica esperada para 2009 sem colocar em risco resultados e posição de mercado. A pesquisa "Indústria seguradora do Brasil - Visão executiva do momento e perspectivas para 2015", das consultorias Accenture e Rating de Seguros com 25 executivos de grandes empresas do setor, indica que investimentos em tecnologia da informação estão relacionados à expectativa de a empresa melhorar sua eficiência operacional, reduzir custos, renovar a prateleira de produtos e ampliar o nível de gestão de riscos. Para participantes do 4 Insurance IT Meeting, evento organizado pela Federação das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) no último fim de semana, a companhia que mantiver aportes em TI alinhados ao plano de negócios conseguirá "fazer a diferença". "Muitas vezes a tendência é cortar investimentos em tempos de crise e demanda em queda. Mais tarde, no entanto, a empresa perceberá que foi um erro, pois estará atrasada em relação ao mercado", comenta Brahim Halmaoui, diretor da consultoria CSC. Rafael Garrido, consultor da Everis, diz que a mão-de-obra mais cara também pressiona as empresas. "É um movimento da Europa que está sendo observado por aqui. Nos anos 1980, as seguradoras espanholas, por exemplo, perderam rentabilidade por conta dos juros mais baixos no mercado financeiro e de salários mais altos dada a ascensão da classe média. Uma saída foi investir em TI", lembra. Na avaliação de Mônica Miotto, da CPMBraxis, o mercado de seguros vai reformular produtos. "Não é um setor reativo, pode ser que, enfrentando uma crise e uma parada na economia, as seguradoras apostem na reformulação de produtos. Um exemplo é o microsseguro, um produto antigo, mas muito em voga hoje e que pode funcionar bem em períodos ruins por causa do preço. Mas é importante uma boa solução de TI alinhada ao plano de negócios, porque é um produto barato, de R$ 7, R$ 8. O ganho é de centavos", diz Mônica.Emerson Bernardes, superintendente de "personal lines" da Unibanco Seguros e Previdência, formada pela sociedade entre o banco e a seguradora norte-americana AIG, explica que em tempos de escassez de recursos as empresas têm dificuldades para repassar preços. "Por isso temos que buscar inteligência operacional. No caso da Unibanco, nosso custo de call center é baseado em volume de ligações. Se eu consigo transferir atendimentos para a internet via uma boa ferramenta de TI, nosso custo de operação cai. Isso representa ganho de vantagem competitiva para a companhia", explica Bernardes. Carlos Coutinho Silva, diretor regional da TIA, empresa dinamarquesa especializa em serviços tecnológicos para seguradoras, informa que a Bradesco Seguros vai investir R$ 10 milhões na reformulação de seu sistema de informática para produtos do segmento empresarial. "Fomos convidados para participar da concor-rência e temos outros planos para o País, com o foco na apresentação de soluções que permitam que as empresas tenham uma visão única de seus clientes, independentemente do produto." O repórter viajou a convite da Fenaseg